E o sertão virou mar... de sangue Na tomada de Canudos, o Exército matou pelo menos 25 mil rebeldes
1 - A Guerra de Canudos aconteceu entre 1896 e 1897 e incluiu quatro expedições do Exército para destruir o povoado. Nas três primeiras, os sertanejos levaram a melhor. Na última, iniciada em 31 de julho de 1897, cerca de 6 200 militares saem de Queimadas e iniciam uma marcha de quase cem quilômetros em direção ao acampamento principal de Canudos
2 - A ofensiva contra Canudos começa com um bombardeio. A principal arma é o canhão inglês Withworth, usado para atacar as torres das duas igrejas do povoado, de onde atiradores alvejam as tropas oficiais. Em 24 de agosto, a torre de uma delas é derrubada, mas o canhão pifa logo em seguida
3 - Mesmo com o chabu do canhão, o Exército intensifica o cerco e isola Canudos: ninguém entra e ninguém sai do povoado. Encurralados, os sertanejos não têm como repor nem socorrer seus homens. No dia 6 de setembro, a artilharia derruba as torres da segunda igreja, minando a resistência dos revoltosos
4 - Durante o bombardeio, a situação do povoado se agrava: faltam remédios, água, alimentos e munição. Os mortos apodrecem, facilitando a disseminação de doenças. Com sermões inflamados, o líder Antônio Conselheiro tenta reanimar seus seguidores, mas sua saúde piora por causa de uma diarréia
5 - Vencido provavelmente por uma disenteria aguda, Antônio Conselheiro morre em 22 de setembro. Seu cadáver é mantido insepulto por vários dias — seus seguidores esperavam que ele pudesse ressuscitar. Quando o corpo do beato começa a feder, os sertanejos o enterram. Enquanto isso, o cerco do Exército prossegue cada vez mais rigoroso
6 - No dia 1º de outubro, as tropas do governo iniciam o ataque final, avançando até tomar a vila. No dia seguinte, 300 mulheres e crianças se rendem, enquanto os homens resistem com as poucas armas que têm, incluindo foices, pedras e pedaços de pau. Mais bem equipados, os militares vencem a batalha e matam os últimos rebeldes em 5 de outubro
7 - Depois da invasão, as ruínas da vila são destruídas e dinamitadas pelos militares. No final, de 25 mil a 35 mil rebeldes morreram nos combates. Entre os soldados, o total de baixas chegou a 5 mil. O corpo de Conselheiro foi desenterrado e sua cabeça foi levada como um troféu do Exército para Salvador, simbolizando o fim de Canudos
1 - A Guerra de Canudos aconteceu entre 1896 e 1897 e incluiu quatro expedições do Exército para destruir o povoado. Nas três primeiras, os sertanejos levaram a melhor. Na última, iniciada em 31 de julho de 1897, cerca de 6 200 militares saem de Queimadas e iniciam uma marcha de quase cem quilômetros em direção ao acampamento principal de Canudos
2 - A ofensiva contra Canudos começa com um bombardeio. A principal arma é o canhão inglês Withworth, usado para atacar as torres das duas igrejas do povoado, de onde atiradores alvejam as tropas oficiais. Em 24 de agosto, a torre de uma delas é derrubada, mas o canhão pifa logo em seguida
3 - Mesmo com o chabu do canhão, o Exército intensifica o cerco e isola Canudos: ninguém entra e ninguém sai do povoado. Encurralados, os sertanejos não têm como repor nem socorrer seus homens. No dia 6 de setembro, a artilharia derruba as torres da segunda igreja, minando a resistência dos revoltosos
4 - Durante o bombardeio, a situação do povoado se agrava: faltam remédios, água, alimentos e munição. Os mortos apodrecem, facilitando a disseminação de doenças. Com sermões inflamados, o líder Antônio Conselheiro tenta reanimar seus seguidores, mas sua saúde piora por causa de uma diarréia
5 - Vencido provavelmente por uma disenteria aguda, Antônio Conselheiro morre em 22 de setembro. Seu cadáver é mantido insepulto por vários dias — seus seguidores esperavam que ele pudesse ressuscitar. Quando o corpo do beato começa a feder, os sertanejos o enterram. Enquanto isso, o cerco do Exército prossegue cada vez mais rigoroso
6 - No dia 1º de outubro, as tropas do governo iniciam o ataque final, avançando até tomar a vila. No dia seguinte, 300 mulheres e crianças se rendem, enquanto os homens resistem com as poucas armas que têm, incluindo foices, pedras e pedaços de pau. Mais bem equipados, os militares vencem a batalha e matam os últimos rebeldes em 5 de outubro
7 - Depois da invasão, as ruínas da vila são destruídas e dinamitadas pelos militares. No final, de 25 mil a 35 mil rebeldes morreram nos combates. Entre os soldados, o total de baixas chegou a 5 mil. O corpo de Conselheiro foi desenterrado e sua cabeça foi levada como um troféu do Exército para Salvador, simbolizando o fim de Canudos
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